Somos o que somos, mas nem sempre...

Livro infantojuvenil aborda a importância da diversidade, do respeito às diferenças e à individualidade, por meio de uma história sensível, que foge do senso comum

Uma pernilonga curiosa que quer “voar além dos muros de sua casa”, com o espírito jovem em busca de aventuras e de descobertas. Uma abelha que também quer viver experiências diferentes fora da colmeia. Juntas e inconformadas, elas se permitem explorar novos universos. Este é o enredo principal de Somos o que somos, mas nem sempre, de Edith Chacon, lançamento da Leitura e Arte Editora. Uma narrativa contemporânea, muito apropriada para o mundo atual, no qual estamos olhando para dentro de nós, para nossos anseios, para nossas fragilidades e nossas fortalezas e, no qual, também devemos, cada vez mais, reconhecer a importância do outro.

Inspirada nas histórias que seu pai contava para os netos pequenos quando esses se irritavam com mosquitos, pernilongos e borrachudos que pairavam sobre o quarto, Edith constrói uma trama que inspira as crianças a refletirem sobre a diversidade, a aceitação das diferenças entre os seres humanos e, sobretudo, a pensarem sobre a construção de nossa identidade para aceitarmos e a lutarmos pelo que somos, sem perder nossa essência e nossas raízes. “Acredito que este livro possa fazer com que os leitores voem com a imaginação e que ele desperte a curiosidade, cause estranhamento e que faça com que se perguntem por que as personagens não eram compreendidas por alguns adultos, por que desejavam se aventurar, por que não podiam ter outros sonhos, por que não podiam conciliar suas tarefas com outros prazeres. E tantas outras indagações que façam pensar e divertir também”, diz a autora.

Escritora com diversos livros infantis publicados, Edith é professora de português e vê na literatura uma maneira de interação, de estreitamento de laços e de afeto, uma forma pela qual a criança pode expressar suas ideias e questionamentos. “Pais e educadores são importantes nesse desenvolvimento como mediadores de leitura. Eles podem mostrar que cada pessoa tem suas características pessoais, que precisam ser respeitadas, e a literatura é uma porta para isso”, afirma.

Ao mesclar a narrativa com rimas e pinceladas de poesia, este conto revela personagens que lidam com o dilema de aceitar o já conhecido ou arriscar vivenciar novas realidades; experimentar a liberdade, sem desrespeitar o próximo; reconhecer amizades de verdade e conviver com as diferenças. Ao longo das páginas, o leitor torce pelas protagonistas, de forma que a experiência do novo seja também sentida por quem acompanha a história. As ilustrações de Fernando Pires reforçam este sentimento, pois criam uma interação única com o texto, ao mostrar abelhas e pernilongos parecidos com seres humanos. A técnica tradicional da aquarela sobre papel destaca essas características e cria uma proximidade ainda maior entre a narrativa e as imagens.

“Quando fui apresentado ao livro, fiquei encantado com a história porque achei a temática muito atual, e além disso, ela me fez lembrar de historinhas infantis daquelas em que os animais se portam como pessoas, vestem roupas, têm casas semelhantes às nossas, têm rotinas semelhantes às nossas. Enquanto os pais da Perniloginha, por exemplo, se vestem formalmente e usam preferencialmente a cor vermelha, ela prefere usar cores, e todas misturadas, de preferência. Imaginei que assim eu representaria bem o seu lado de não se conformar com uma situação que foi imposta a ela”, conta Fernando Pires, que já ilustrou outros livros da autora, além de diversas obras infantojuvenis.

“Espero que meus leitores se divirtam muito e que possam ter espaço para dialogar e discutir sobre o que quiserem. Respeito, autoridade, amizade, confiança, liberdade, diversidade, entre tantos outros temas sugeridos pela leitura. Gosto da frase de Teresa Colomer quando ela comenta que ‘com a leitura literária temos a possibilidade de ser outro sem deixar de sermos nós mesmos’. Este livro aborda exatamente isso”, complementa Edith.

Sobre a autora:
Edith Chacon é professora de Português. Em sua infância, a rua, os parques e os quintais da família eram os seus lugares preferidos para se divertir com primos e amigos, fazer descobertas, travessuras e explorar o mundo. Outras diversões que ela sempre gostou e que continua fazendo até hoje são: ler e ouvir histórias, brincar com as palavras, os sons, as rimas e escrever poemas. Edith fez magistério, Faculdade de Letras e trabalhou no Centro de Pesquisas Linguísticas da PUC. Autora de diversos livros infantis, entre eles, Simplesmente Ler (Editora Callis), também ilustrado por Fernando Pires. Seus livros Festança e A Galinha bota ovo xadrezinho foram selecionados para o Prêmio da AEILIJ, em 2019 e em 2020, respectivamente.

Sobre o ilustrador:
Fernando Pires é arquiteto, autor e ilustrador de livros para jovens e crianças.
Quando pequeno, vivia desenhando, fazendo projetos e montando coisas. Segundo ele, desenhou casas e prédios para as pessoas viverem, trabalharem e sonharem, e depois de um tempo, quis ser criança de novo para poder viver na fantasia e inventar histórias e personagens. A partir daí, deu início à sua produção de livros para crianças. Para ele, escrever e ilustrar para o público infantojuvenil é um desafio bastante grande, apesar de não parecer. “Uma criança não sabe mentir, se ela não gosta do seu livro, ela vai falar, diferente da maioria dos adultos, e vai se desinteressar logo. Então a minha responsabilidade como autor e ilustrador é a de fazer um livro que agrade, mas que em primeiro lugar instigue”, diz Fernando.

Ficha Técnica:
Título: Somos o que somos, mas nem sempre
Editora: Leitura e Arte Editora
Autora: Edith Chacon
Ilustrador: Fernando Pires
Número de páginas: 36 páginas
Formato: 20,5x27,5cm, brochura
Gênero: conto
Preço: R$ 42,00 (clique para pré-venda)

Informação à imprensa:
Leitura e Arte Editora
Regiana Carvalho: (11) 4890-2216 / (11) 94943-1105 regiana@leituraearte.com.br
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